Tim Sweeney, CEO da Epic Games, criticou duramente os líderes das grandes empresas de tecnologia, acusando-os de oportunismo político ao se aproximarem do presidente eleito Donald Trump. Em publicações na rede social X, Sweeney destacou a "hipocrisia" do setor, afirmando que essas empresas mudaram de postura ideológica em busca de vantagens políticas e financeiras.

"Depois de anos fingindo ser democratas, os líderes das big techs agora estão fingindo ser republicanos", escreveu Sweeney, alertando sobre uma suposta campanha monopolista para desacreditar leis de concorrência enquanto exploram consumidores e esmagam concorrentes.

Doações e alianças estratégicas

A crítica ocorre em meio a doações milionárias de empresas como Apple, Google, Amazon e Meta para a posse de Trump. Tim Cook, CEO da Apple, e Mark Zuckerberg, da Meta, foram alvos específicos das acusações, especialmente após a Meta relaxar suas políticas de moderação de conteúdo, levantando suspeitas de favorecimento político.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, também demonstrou apoio à nova administração, fortalecendo a percepção de uma aproximação estratégica entre as big techs e o governo republicano.

Histórico de embates e políticas antitruste

Sweeney é um crítico frequente das práticas monopolistas de empresas como Apple e Google, especialmente no que se refere às políticas de distribuição de aplicativos e taxas de pagamento. Ele defende maior liberdade para desenvolvedores comercializarem seus produtos diretamente, sem depender das plataformas que cobram altas comissões.

A aproximação entre as big techs e a administração Trump preocupa defensores de políticas antitruste, que temem um enfraquecimento das regulações durante o segundo mandato do republicano. No entanto, a presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC), Lina Khan, reafirmou seu compromisso em manter o controle rigoroso sobre gigantes como Amazon e Meta.

Impactos no setor de tecnologia

As acusações de Sweeney colocam em evidência as tensões entre líderes tecnológicos e as políticas governamentais, destacando como interesses financeiros e estratégicos moldam o futuro da competição no setor. Para Sweeney, a luta por mudanças regulatórias é mais necessária do que nunca, à medida que os laços entre big techs e o governo Trump geram preocupações sobre o equilíbrio de poder no mercado global.